Na manhã desta terça-feira, 7 de novembro, o público pôde conhecer as atividades desenvolvidas por 13 projetos extensionistas instalados no térreo do prédio do Centro Cultural da UFRGS.
Iniciativas como o projeto Horticultura Urbana: Promoção Socioeconômica e de Segurança Alimentar, coordenado pela professora Tatiana da Silva Duarte, puderam ser conhecidos pelos visitantes. Bruno Bogado, graduando do quarto semestre do curso de Agronomia, atua como bolsista de extensão há quase um ano e detalha um dos protótipos em exibição na Mostra: “Trouxemos três sistemas automatizados exemplificados tecnicamente que permitem produzir dentro de casa uma horta com temperos e flores comestíveis. Não utilizamos substrato, mas sim argila expandida que atua na ancoragem dos vegetais. A água circula entre os recipientes através de uma bombinha de aquário, que molha a raiz das plantas. É um sistema fácil e barato de montar em pequenos espaços, desde que o local receba iluminação adequada”.
Ele acrescenta que o projeto também promove oficinas periódicas de hortas em vasos, propondo o reaproveitamento de recipientes plásticos como canos e baldes para diferentes cultivos. “Assim, fazemos uma verticalização do plantio, conseguindo num mesmo espaço ter uma produção muito maior. Desse modo, as pessoas podem ter acesso a uma alimentação nutricionalmente mais saudável, saborosa e rica em nutrientes”, comemora.
Com o apoio do Departamento de Horticultura e Silvicultura, o projeto desenvolve ainda um trabalho social junto a comunidades carentes, como a Associação Comunitária do Morro da Cruz, orientando na instalação de hortas comunitárias. “Ali existe um coletivo de mulheres que reúne cerca de 250 associadas. Em duas hortas comunitárias, elas produzem e distribuem alimentos para a comunidade semanalmente”, conta Bruno.
Engajados desde o início do curso
Johnny Wick França, aluno do sexto semestre do curso de Agronomia, está no projeto há pouco mais de dois meses e conta sobre sua experiência: “Sempre quis trabalhar com um projeto envolvendo agricultura urbana, e essa experiência está sendo incrível. Gosto de poder criar um jardim que contemple a questão ornamental e também comestível, incluindo temperos, suculentas, etc”.
A estudante do segundo semestre de Agronomia Kim Pires Capaverde ingressou no projeto há cerca de um mês e se interessou pela área desde as primeiras semanas da graduação. “Assisti a uma palestra da professora Tatiana, que falava sobre a promoção do acesso aos alimentos perto das casas. Acho muito bonito trazer de volta essa proximidade com a terra e com os conhecimentos que passam de geração para geração. Dessa maneira, a gente aprende a respeitar o tempo que o alimento leva para se desenvolver. Acredito que este é um projeto com potencial para transformar a vida das pessoas, especialmente daqueles que estão em uma situação de carência econômica”, completa.
Helena Costa Lucca, aluna do segundo semestre de Agronomia, também ingressou há pouco tempo no projeto e garante estar aprendendo bastante: “Quando a gente começa o curso, não sabe muito bem que caminho seguir, porque as aulas são mais teóricas. Na horticultura urbana, somos incentivados a ir para os morros, para as comunidades e a ajudar as pessoas. Eu estou apaixonada pelo cultivo das plantas alimentícias não convencionais (Pancs) e também pelo cultivo de temperos. É muito encantador aprender sobre tudo isso”, concluiu.
Sussurrando poesia
Vanessa Inácio de Souza (foto), bibliotecária da Biblioteca Central (BC), é integrante do projeto de extensão Super-8 e participa da Mostra Interativa através do “Sussurro Poético”, iniciativa de promoção da leitura em que cones são utilizados para ler poesias sussurradas ao pé do ouvido das pessoas. Vestindo um figurino que brinca com o aspecto lúdico e circulando no entorno da Mostra Interativa ao lado do colega técnico em assuntos educacionais César Rolim (foto), a bibliotecária fala sobre o foco do projeto: “Trabalhamos com o incentivo à leitura, a base de tudo na nossa vida. Nosso papel é justamente incentivar esse hábito”, explicou.
A Mostra Interativa prossegue até quinta-feira, 9 de novembro, das 9h às 17h, no térreo do Centro Cultural, com acesso pelo portão de entrada da Rua Luiz Englert, 333, no Campus Centro.