Programa Sementes da Solidariedade vai beneficiar 705 famílias até final de 2024

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O Programa Sementes da Solidariedade, uma plataforma integrada e articulada, promove o desenvolvimento sustentável e fortalece as comunidades camponesas, quilombolas e aldeias indígenas no Rio Grande do Sul, facilitando o acesso a sementes e mudas. O programa tem contribuído para romper o ciclo histórico de dependência e ampliar a autonomia e emancipação das comunidades camponesas, quilombolas e aldeias indígenas, cumprindo papel estratégico no desenvolvimento sustentável, na agroecologia e na luta contra todas as formas de desigualdade. O Programa, cujo projeto experimental foi realizado em 2020, já está na sua quinta edição, recebendo sempre o apoio e colaboração do Instituto Koinós.

Nesta edição, o Programa Sementes da Solidariedade tem como foco a produção e distribuição de sementes crioulas e mudas de mandioca e frutíferas para comunidades quilombolas e aldeias indígenas no Rio Grande do Sul. De julho a dezembro de 2024, serão beneficiadas 705 famílias, de 54 comunidades, sendo 16 aldeias indígenas. Todas as sementes e mudas distribuídas são produzidas por famílias assentadas pela Reforma Agrária e pequenos agricultores camponeses do RS.

Uma novidade importante deste ano foi a inclusão de mudas frutíferas para as aldeias indígenas – como pitanga, araçá e guabiroba – pois essas plantas não apenas enriquecem a dieta alimentar, mas também evocam significados culturais e espirituais. Cada aldeia receberá em média 30 mudas.

O programa conta com o envolvimento de vários atores sociais que formam uma rede de solidariedade, envolvendo:

  • Os guardiões de sementes crioulas – Agricultores assentados da reforma agrária e camponeses, responsáveis pela produção das sementes crioulas. São símbolos de luta e resistência, e cumprem o papel fundamental na conservação da biodiversidade, resguardo do patrimônio genético, multiplicação e comercialização das sementes.
  • As comunidades e povos tradicionais – Comunidades remanescentes de quilombos, aldeias indígenas guaranis e Kaingang, gravemente vulnerabilizados pelos processos históricos da
  • exclusão social, marginalização socioeconômica e cultural.
  • Movimentos e organizações sociais – Comprometidas com o desenvolvimento economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente sustentável, atuando em rede para viabilizar o programa
  • do ponto de vista material, na articulação interinstitucional, gestão administrativa e assessoria técnica, onde também está inserido o Instituto Koinós.

Estruturado nos princípios da sustentabilidade socioambiental, agroecologia, inclusão econômica, desenvolvimento territorial, segurança alimentar e solidariedade social, o Programa Sementes da Solidariedade beneficia não somente os camponeses, mas também as redes de guarda, plantio e reprodução de sementes crioulas e mudas, além de cooperativas de trabalhadores e outros empreendimentos a elas vinculados. O Instituto Koinós e seus colaboradores têm muito orgulho de fazer parte desta rede de solidariedade e desenvolvimento sustentável.

Semente de Solidariedade – Edição 2024, em números:

  • 15 famílias produtoras de sementes e mudas
  • 54 comunidades
  • 16 aldeias indígenas
  • 25 municípios
  • 2.800 kg de semente de milho crioulo
  • 240 kg de semente de feijão
  • 800 sachês de sementes de hortaliças diversas
  • 30 mudas frutíferas por aldeia

Fotos: Acervo Instituto Cultural Padre Josimo